15 de out. de 2015

ANDERSON PONTY BAND - “Better Late Than Never” - 2015

Finalmente!!!! Demorou, mas finalmente saiu o álbum tão esperado da Anderson Ponty Band, intitulado, “Better Late Than Never” (nunca vi um título ser tão preciso quanto este) que eu já havia mencionado aqui no blog em agosto do ano passado em uma longa resenha que se comentava a reunião destes dois astros do rock.

Para quem está pegando o bonde andando e não está entendendo nada, eu estou me referindo a Jon Anderson e a Jean Luc Ponty, duas gemas preciosíssimas do universo rock que a praticamente cinquenta anos continuam a encantar com o seu talento. 

Ainda não deu tempo de escutá-lo com calma, mas o que se observa em um primeiro momento, é que há poucas músicas inéditas e na sua grande maioria foram usados antigos sucessos de ambos os músicos com uma nova roupagem e no caso das músicas de Jean Luc Ponty que tiveram seus nomes alterados, se já eram muito boas na versão original, agora com o vocal de Jon Anderson, ganharam mais cem anos de vida.

Esse álbum, assim como aconteceu com último álbum do Pink Floyd, “The Endless River” foi criado a partir de temas já conhecidos e consagrados dos dois artistas, o que de forma alguma é um problema, muito ao contrário, pois as músicas que não tinham voz criadas por Jean Luc Ponty, ganharam a alma de Jon Anderson.

Por outro lado, as músicas de Jon Anderson, ganharam um elemento que nunca tiveram, o mágico violino de Jean Luc Ponty, um mago insubstituível em seu instrumento, portanto ganham todos, principalmente nós, o destino final desta loucura toda, que por conta destes dois gênios, poderemos nos deliciar com este novo trabalho.

Vale ressaltar a força de vontade que tanto Jon como Jean tiveram em produzir um álbum depois dos setenta anos, pois realmente não é fácil, levando se em conta que depende de muita dedicação, criatividade e até uma certa dose de coragem, pois como as músicas são em sua maioria releituras e acréscimos sobre temas conhecidos, o balanço das críticas positivas e negativas, possa ser um incomodo.

Entretanto eu não acredito que isto possa acontecer, pois como são duas figurinhas extremamente queridas no meio artístico e principalmente por seus fãs que não são poucos acrescidos do talento nato que tem, mensurados em nível estratosférico, acho muito pouco provável que possam ter este trabalho crucificado por conta da falta de um álbum conceitual inédito.

Particularmente eu prefiro escutar este tipo de álbum do que escutar uma nova criação que geralmente soa inconsistente, fora de seu tempo, com vícios que se no passado eram a tônica, o máximo, hoje causam certo desconforto, pois a comparação é inevitável e muitas vezes nesta hora, somos cruéis e implacáveis com nossos ídolos, o que não é muito legal de nossa parte, mas infelizmente acontece.

Por fim, a única coisa que posso afirmar a respeito deste álbum neste momento, é que ele é extremamente agradável de se escutar, da primeira à última faixa, talvez até pelo vínculo muito íntimo que temos com seus criadores e suas músicas que são de conhecimento popular, portanto fica o convite feito a escutarem este belo álbum que tem tudo para agradar a todas as tribos espalhadas pelo globo terrestre.

ALTAMENTE RECOMENDADO!!!!

Anderson Ponty Band:
Jon Anderson - vocals, guitar
Jean-Luc Ponty - violin
Rayford Griffin - drums,
Jamie Glaser - guitar,
Wally Minko - keyboards
Baron Browne - bass

Tracks:
01. Intro
02. One In The Rhythm Of Hope
03. A For Aria
04. Owner Of A Lonely Heart
05. Listening With Me
06. Time And A Word
07. Infinite Mirage
08. Soul Eternal
09. Wonderous Stories
10. And You And I
11. Renaissance Of The Sun
12. Roundabout
13. I See You Messenger
14. New New World


12 de set. de 2015

THE BEATLES - "Why Don’t We Do It In The Bowl" - 1964/1965

Como nem só de rock progressivo vive o homem (no caso, eu) e o álbum em questão é no mínimo um registro histórico da banda mais famosa do mundo, claro que eu me refiro a “The Beatles”, com direito a gritaria histérica da mulherada ao fundo de todas as músicas e tudo mais, conferindo a autenticidade do que relato agora, dou uma parada na minha praia progressiva e parto para o puro e saudável Rock’n Roll.

A gravação está da melhor qualidade, o que é um fato raro, tendo em vista à época em que os shows foram gravados, portanto desde já, nossos maiores agradecimentos aos homens da remasterização deste álbum.

Hollywood Bowl
Este álbum, "Why Don’t We Do It In The Bowl” nos brinda com três shows realizados no não menos legendário Hollywood Bowl, a mais famosa concha acústica do planeta, situada em Los Angeles, CA, USA, no dia 23 de agosto de 1964 e nos dias 29 e 30 de agosto de 1965.

Obviamente há uma repetição de músicas entre os shows, mas em se tratando dos “Fab Four”, não é um incomodo, é um prêmio e como qualidade sonora das gravações está muito boa, pela gritaria dá para imaginar a loucura que foi um show desses, com casa cheia, a mulherada completamente enlouquecida com os quatro carinhas, fazendo o que de melhor faziam naqueles tempos, tocar de forma franciscana, o mais simples o possível, sem pirotecnias ou qualquer tipo de intervenção externa que não fosse a própria música. 

Acredito que como num alinhamento dos planetas com o sol, tudo conspirou para que estes quatro jovens músicos se tornassem uma lenda (algumas vivas e outras não) e talvez esse fenômeno esteja ligado diretamente à época em que surgiram, pós Segunda Grande Guerra, Guerra do Vietnam, as mudanças comportamentais da que a sociedade passava, logicamente tudo isto somado a inteligência musical que tinham e que é inegável.

As músicas realmente são um fenômeno pela simplicidade com que foram criadas inicialmente, utilizando-se de temas diversos, com curta duração, mas que no inconsciente coletivo, cada uma delas virou um hino em nossas mentes e este fenômeno parece que não quer acabar, pois até as gerações mais recentes também se rendem a elas.

Com toda esta simplicidade eles não só mudaram os rumos da música nos anos sessenta, como também influenciaram as demais gerações que vieram no aspecto comportamental, na moda e logicamente a música nunca mais foi a mesma com o surgimento deles e talvez pelo fim prematuro, o que abriu as portas dos anos setenta para a proliferação de vertentes musicais de toda a sorte e bandas de rock que até hoje habitam nossas mentes.

A separação deles é algo muito traumático até hoje, entretanto não podemos negar que com a separação, ganhamos quatro gênios musicais que isoladamente a sua maneira nos proporcionaram uma overdose musical sem precedentes na história da música contemporânea, pois será que com eles juntos, teríamos por exemplo, um momento tão mágico como foi o “The Concert For Bangladesh” de George Harrison, ou mesmo o surgimento de uma banda como foi o Wings de Paul MacCartney ou até mesmo será que teríamos tido o privilégio de escutar uma música como “Imagine” de John Lennon no auge de sua simplicidade, ou seja, o que se percebe é que de uma forma ou de outra eles mudaram o mundo.

Apenas abrindo um parêntesis, nem só de simplicidade eles viveram, pois à partir de 1967, se levarmos em conta álbuns como, “Magical Mistery Tour”, “White Album”, “Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band”, "Yellow Submarine" e "Abbey Road", todos muito influenciados pelo surgimento do movimento psicodélico nos final dos anos sessenta e principalmente pelo encontro que tiveram nesta época com o guru indiano, Maharishi Mahesh Yogi que os elevou a um outro plano espiritual através da meditação transcendental, contribuindo para o amadurecimento da banda. 


Tem uma música em especial dos "The Beatles", chamada “Tomorrow Never Knows”, que está disponível no álbum “Revolver” de 1966, que de tanto que já foi regravada, dá até para fazer uma resenha só para ela com suas diversas versões gravadas por grandes nomes de rock como, “Jimi Hendrix”, “Collage”, “Phil Collins” (pasmem, a versão é ótima), "Tangerine Dream", “The Mission”, “Living Colour”, “Herbie Hancock” e tantos outros.

Seu conteúdo já carregava um pouco do psicodelismo que começava a surgir, conferindo-lhe uma atmosfera intrigante, envolvente e hipnótica, talvez sendo uma das músicas mais complexas e sofisticadas que eles já criaram e uma das versões que mais gosto, está no álbum, “801 live” de "Phil Manzanera", simplesmente e absolutamente fantástica.

IMPERDÍVEL!!!!



Set List:




26 de ago. de 2015

BY THE POUND - “The Early Genesis Show” - 2015


Dia 29 de agosto quem está de volta aos palcos (finalmente) é o “By The Pound”, agora com seu novo show intitulado, “The Early Genesis Show” que terá apresentação única e imperdível na Matriz Casa Cultural, localizada na Rua Guajajaras, 1.353 – Terminal JK - Centro, Belo Horizonte, MG ás 20:30hs.

O que consegui descobrir desse show é que ele terá músicas extraídas dos álbuns, "From Genesis To Revelation" de 1969 e do "Trespass" de 1970 e mais algumas surpresas “Genesianas” que eles sempre apresentam em seus shows e como palpite meu, bem que poderia ter, “Fountain of Salmacis”, “Seven Stones”, “Musical Box” e quem sabe para fechar a noite em grade estilo, “Supper’s Ready” (essa é obrigatória!!!!).

A banda atualmente tem a seguinte formação, Andre Boechat (Teclados); Davi Aroeira (Baixo, Guitarra e Violão de 12); Bruno Zattar (Bateria); Hique Guerra (Flauta e Violão de 12); Ricardo Righi (Voz e Interpretação); Yuri Lopes (Guitarra e Violão de 12); Alessandra Carneiro (Atriz e Maquiagem); Silvia Góes (Atriz) e Gabriella Araujo (Figurinos).

O histórico musical desta banda é no mínimo sensacional, pois eles levam muito a sério o desafio de interpretar as músicas do Genesis que para quem é do ramo, sabe muito bem que não é para qualquer músico esta tarefa, tendo em vista a preocupação que eles têm em trazer para o público a atmosfera intimista e a teatralidade musical com que estas músicas foram criadas.

O cuidado com a afinação e o timbre dos instrumentos musicais é impressionante e para garantir isso, não fazem por menos ao se utilizarem de equipamentos vintage que como num túnel do tempo nos transporta para o início dos anos setenta, dada a absoluta fidelidade com que executam as músicas. 

Já tive a oportunidade de assistir a dois shows da banda, já comentados aqui no blog em março de 2012 quando da apresentação no “Rio Prog Festival” e posteriormente em julho de 2013 no show (antológico) do Teatro Don Silvério em BH, portanto além de suspeito por ser fã incondicional da banda, eu também me considero um agente informativo que sem medo de ser feliz, reforço o convite a todos os amantes da boa música que compareçam a este show.

Apenas para dar um pouco de água na boca nos fãs da banda, acredito que o álbum “And The Word Was.... Genesis” com parte das gravações coincidentes com a proposta deste novo espetáculo do “By The Pound” possa dar uma ideia do que eventualmente venha a acontecer neste show que com certeza promete muito.


IMPERDÍVEL!!!!


By The Pound:
Andre Boechat (Teclados); 
Davi Aroeira (Baixo, Guitarra e Violão de 12); 
Bruno Zattar (Bateria); 
Hique Guerra (Flauta e Violão de 12); 
Ricardo Righi (Voz e Interpretação); 
Yuri Lopes (Guitarra e Violão de 12); 
Alessandra Carneiro (Atriz e Maquiagem); 
Silvia Góes (Atriz) 
Gabriella Araujo (Figurinos).

Genesis - And The Word Was.... Genesis :
Peter Gabriel - vocal e percussão
Anthony Phillips - guitarra e vocal
Tony Banks - órgão, guitarra, piano, teclado e vocal
Mike Rutherford - baixo, guitarra e vocal
John Silver - bateria e vocal
Chris Stewart - bateria

John Mayhew - bateria
Tracks:
01. The Silent Sun
02. That's Me
03. Where the Sour Turns to Sweet
04. In the Beginning
05. Fireside Song
06. The Serpent
07. Am I very Wrong?
08. In the Wilderness
09. The Conqueror
10. In Hiding
11. One Day
12. Window
13. In Limbo
14. Silent Sun
15. A Place to Call My Own
16. A Winter's Tale
17. One-Eyed Hound 


16 de ago. de 2015

YES - "At The Mesa Arts Center" - 2015

Recentemente perdemos Chris Squire, baixista do Yes, que passou para um plano mais elevado deixando órfãos uma legião de fãs espalhados pelo planeta e que até o momento, aparentemente ainda não se conformaram com tamanha perda, pois passado uns quarenta e cinco dias da data fatídica, as manifestações de carinho e apreço pelo músico não param nas redes sociais. 

Esta resenha não se trata de uma homenagem póstuma de forma alguma, tendo em vista que sou radicalmente contra este tipo de manifestação, pois não há coisa pior do que a criação, evocação e adoração de um “mártir”, portanto minha homenagem é direcionada a ele, apenas como reconhecimento por toda uma vida dedicada ao rock.

Acredito que ele tenha sido um dos maiores, senão o maior baixista da história do rock em todos os tempos, pois ele teve a capacidade de elevar a categoria de seu instrumento que normalmente é considerada como um coadjuvante para o centro dos holofotes, tendo em vista o modo único de manipulá-lo com sua técnica inigualável.


Fora isto, tinha uma capacidade de criação muito grande, muito além da média, sendo um dos mentores intelectuais de tudo de bom que rolou dentro do Yes, mesmo nos momentos mais solitários e difíceis que banda passou ao longo destas mais de quatro décadas de dedicação ao rock.

Ele é o autor de um álbum solo absolutamente perfeito e fantástico, intitulado “Fish out of Water” lançado em 1975, onde seus dotes de vocalista foram revelados em suas músicas de consistência complexa e sofisticada que o levaram merecidamente ao 69º lugar do “Billboard Pop Albuns” e 25º lugar no “UK Albuns Chart” em 1976, apesar de ser um álbum progressivo até a alma.

Sua presença no palco era simplesmente carismática do alto de seus quase dois metros de altura que tive a oportunidade de assistir em duas ocasiões, sendo uma em 1985 no primeiro “Rock in Rio” e anos depois, em 1999 no “Olympia” em São Paulo e nas duas ocasiões seu vigor ao empunhar seu baixo foi percebido claramente.

Provavelmente o álbum, “At The Mesa Arts Center”, lançado no princípio de agosto deste ano, seja um dos últimos ou mesmo o último registro da presença de Chris Squire à frente da banda, composto originariamente por dois CDs e um DVD com a integra do show.

Este show é feito literalmente em cima de dois álbuns altamente emblemáticos e legendários, “Close To Edge” e “Frigile” que dispensam maiores apresentações dada a sua longevidade, lirismo e poesia que contagiam até hoje os velhos dinossauros do rock e suas proles mais recentes.

As músicas foram executadas com alto padrão de qualidade que é exigido dada a complexidade e sofisticação de seus arranjos, portanto cabe ressaltar o esforço hercúleo de Geoff Downes e Jon Davison, pois não é uma tarefa nada fácil estarem substituindo duas lendas vivas do rock (só para lembrar: Rick Wakeman e Jon Anderson respectivamente) com tamanha dignidade.

Há tempos atrás já havia feito algum comentário a respeito da velocidade de execução de alguns trechos de música que aparentemente estão um pouco mais lentos e neste álbum, continuo a ter esta mesma sensação, mas isso é apenas uma demonstração de minha personalidade rabugenta, dada a minha elevada longevidade, portanto, não deem crédito ao que disse e aproveitem muito este álbum, pois ele é muito bom, bom não, é ótimo!!!

ALTAMENTE RECOMENDADO!!!!

YES:
Chris Squire / bass
Steve Howe / guitars
Alan White / drums
Geoff Downes / keyboards
Jon Davison / vocals

Tracks:
Disc: 1
01. Close To The Edge
02. And You And I
03. Siberian Khatru
Disc: 2
01. Roundabout
02. Cans and Brahms
03. We Have Heaven
04. South Side Of The Sky
05. Five Per Cent For Nothing
06. Long Distance Runaround
07. The Fish (Schindleria Praematurus)
08. Mood For A Day
09. Heart Of The Sunrise


1 de ago. de 2015

ROCKIN' 1000 - "Learn To Fly" - 2015


Um fenômeno!!!! Quando algumas pessoas (mais de mil) são colocadas lado a lado para tocar uma música, com dezenas de baterias, guitarras, baixos e um povão que canta muito bem, apenas para pedir que uma banda de rock faça um show em seu país, algo de muito louco está acontecendo e essa banda deve ser no mínimo muito boa e carismática.

Em vinte e quatro horas, pasmem, o vídeo já havia recebido mais de quatro milhões de acessos e não foi por acaso, pois apesar da simplicidade da produção, o vídeo é sensacional, a música melhor ainda e acredito que este evento seja inédito e tomara que sirva de inspiração para outras iniciativas como esta.


A banda, “The Foo Fighters” é o centro das atenções e música não menos sensacional é a “Learn to Fly” que executada da forma que foi, se já era muito boa em seu formato original, que me desculpem seus criadores, ficou ainda muito melhor neste tributo, pois foi carregada de muita emoção e criatividade coletiva jamais vista, pois não eram quatro ou cinco pessoas em cena, eram mais de mil, se levarmos em conta os demais envolvidos.

A música por si só, é suficientemente competente para levantar defunto no caixão e faze-lo dançar e pular feito um louco, pois é muito contagiante e até um velho dinossauro do rock como eu, me rendi ao seu encanto hipnótico.


Quando me deparo com uma situação como esta, meu instinto musical me força a compreender algo sobre a banda, seus músicos e porque não sobre a sua música, uma vez que o formato das músicas desta banda não é o que normalmente eu escuto e quando isso acontece, é uma coisa muito boa, pois é mais uma oportunidade de aprender, conhecer novos horizontes musicais e estar acompanhando os movimentos musicais atuais bem de perto.

Meu medo inicial é que só esta música fosse muito legal, mas para minha gratíssima surpresa, há muito mais a ser escutado, e vejam vocês que eu só dei uma rápida escutada em uns dois álbuns para eu tirar este temor que pairava sabre meus pensamentos em relação à banda.


Um dos álbuns que escutei, foi lançado em 2011 e se chama, “Medium Rare”, só de covers, é bem eclético, pois passa por nomes como Paul MacCartney, Gerry Rafferty, Gary Numan e até o Pink Floyd, mostrando muita personalidade e ousadia com versões onde claramente se nota que estão assinadas com o DNA do “The Foo Fighters” que não esconde suas batidas grunge e que poderão ser conferidas acessando o link abaixo.

E não é para menos, afinal de contas Dave Grohl, carrega em sua bagagem, uma temporada de quatro anos com o Nirvana, um dos ícones do movimento Grunge, portanto não é de se admirar tal fato, entretanto sabiamente soube dosar seu aprendizado dando uma caraterística própria às suas composições. 


Voltando a “Learn To Fly” eu definitivamente assino meu atestado de incompetente, pois trata-se de uma música gravada em 1999, constante do álbum, “There Is Nothing Left to Lose”, ou seja, bem velhinha e o velhinho aqui nem conhecia, mas o curioso é que a música soa tão atual, e com aquele bando de músicos (todos loucos, no bom sentido), tocando com um vigor invejável, esbanjando juventude e tudo mais, prova que música não tem idade, é totalmente atemporal e quando tem qualidade, vence qualquer barreira, qualquer preconceito.

A motivação principal para esta resenha vai muito além da música ser muito legal, o "The Foo Fighters” ser uma puta banda da atualidade ou mesmo do vídeo ter ficado incrivelmente sensacional, mas o que mais me motivou a escrever foi o meu preconceito com este tipo de banda, que tem muito a contribuir para a música e para a cultura em geral, servindo para mim e outros como um alerta, que é necessário estarmos mais atentos, com a mente aberta para novas experiências e tendências musicais.


Não é a primeira vez que isso acontece e acredito que esta resistência natural a novos rumos seja uma característica dos nascidos dos anos sessenta e que viveram intensamente os anos setenta, assistindo de camarote o surgimento de bandas, como o Yes, Iron Maiden, ELP, Deep Purple, Led Zeppelin, Genesis, Jethro Tull, PFM, Rush e dezenas de outras mega bandas, que até hoje são influência para novos grupos, portanto quando há comparação, que em geral é equivocada, do passado contra o presente, as injustiças vem há tona, pois são momentos completamente diferentes. 

Finalizando, para quem já é familiarizado com o “The Foo Fighters” fica mais uma oportunidade de reencontro com a banda e para quem nunca tinha se dado conta dela como eu, fica uma grande oportunidade de aprendizado, conhecimento e reconhecimento do talento destes músicos.

Fabio Zaffagnini
NOTA: Nada acontece por acaso e sempre há uma cabeça pensante para que um evento como este aconteça, portanto não mencionar o nome do gênio que teve esta ideia e a materializou de forma brilhante, seria no mínimo um erro muito grave, portanto, Fabio Zaffagnini é o responsável por toda esta loucura que segundo a mídia internacional, deu certo o evento e o "The Foo Fighter" vai se apresentar na Itália, mais precisamente na cidade de Cesena em data a ser confirmada.  

SENSACIONAL!!!!




26 de jul. de 2015

THE RESISTANCE ORGAN TRIO - "Does Zeppelin" - 2012

Fugindo um pouco da tradicional esfera progressiva, que é minha zona de conforto e da qual sou um frequentador assíduo, vou arriscar um palpite em outras praias musicais e apresentar uma receita de sucesso: pega-se as melhores músicas de hard rock ou blues-rock ou o que queiram, produzidas na década de setenta, criadas pelo Led Zeppelin, adiciona-se um trio de fusion, formado por exímios músicos e tenha como resultado um álbum de primeiríssima qualidade.

Bem, vem logo a pergunta: com músicas do Led Zeppelin é mais fácil agradar, não??? Todas muito conhecidas e muito bem sedimentadas no imaginário coletivo dos povos dos cinco continentes do planeta!!! Claro que não!!! Só sendo muito muito louco ou muito competente para tal  desafio. Acreditem, eles estão inclusos na segunda opção!!!

Imaginem o sacrilégio em suprimir “A VOZ” de Robert Plant destas músicas emblemáticas e legendárias que qualquer moleque de 13 ou 14 anos da atual geração conhece muito bem, fora o fato da guitarra não ter a assinatura de Jimi Page ou o baixo não estar sendo dedilhado por John Paul Jones e a bateria não estar sendo golpeada certeiramente por John Bonham, transformando esse álbum em uma total heresia musical.

Muito bem amigos, estamos diante de uma das mais bem vindas e melhores heresias musicais cometidas nos últimos tempos sobre a obra do Led Zeppelin e o álbum é até bem recente, foi lançado em 2012, mas que burramente passou despercebido por mim.

O álbum foi produzido pelo “The Resistance Organ Trio”, que para este álbum ganhou o reforço de mais dois músicos de peso, Ben Reece no Sax e Adam Hucke no trompete e o batizou de “Does Zeppelin”.

O trio original é formado por Leclare Stevenson nos teclados e baixo, Teddy Presberg na guitarra, sintetizadores e na produção e Kyle Honeycut na bateria, dão forma ao “The Resistance Organ Trio” que corajosamente resolveu desafiar os deuses do rock.

Corajosamente sim, pois é muita petulância reunida em um só álbum, com complexas músicas escolhidas a dedo, sem medo de ser feliz, deixando a intuição fluir livremente de forma bastante natural, revelando a competência de seus músicos que é de botar muita gente boa no chinelo.

Desafiar músicas consagradas como por exemplo, Kashmir; Misty Mountain Hop; Whole Lotta Love; Immigrant Song e Your Time Is Gonna Come, sendo esta última executada de forma mais que brilhante, pois e era uma obra de arte na origem, foi transformada em outra nesta nova roupagem, mostrando personalidade e virtuosismo, sem macular a essência desta música e, por conseguinte das demais músicas também.

Curiosamente, praticamente não há referências sobre este fantástico trio e o que apenas consegui descobrir, é que são de Saint Louis, Missouri, USA e nada mais, pois não tem uma homepage oficial, não estão nem na Wikipédia ou qualquer outro site que pudesse dar mais referências da discografia da banda ou mesmo de seus músicos.

O que se percebe nitidamente é o alto grau de virtuosismo e perfeccionismo destes músicos que realmente de forma muito profissional passaram suas emoções e sentimentos para seus instrumentos e dignamente homenagearam a história do Led Zeppelin, bem como suas músicas, mas principalmente seus fãs com um álbum excepcionalmente intrigante.

Muitos outros já fizeram isto e até com resultados muito bons, mas neste caso, o “The Resistance Organ Trio” foi muito além, pois surpreendeu e encantou de forma até hipnótica, que só é possível entender escutando este álbum, pois é muito difícil explicar um sentimento imensurável, pois é totalmente subjetivo, pessoal e principalmente intransferível.

RECOMENDADÍSSIMO!!!!

The Resistance Organ Trio: 
Kyle Honeycutt - drums
Leclare Stevenson - organ, bass, and pianos
Teddy Presberg - guitars, synths, and production 

Músicos convidados:
Adam Hucke - trumpet
Ben Reece - Sax

Tracks:
01 - Immigrant Song
02 - Trampled Underfoot
03 - Your Time Is Gonna Come
04 - Living Loving Maid
05 - D'yer Mak'er
06 - Whole Lotta Love
07 - Houses Of The Holy
08 - What Is And What Should Never Be
09 - All Of My Love
10 - Babe, I'm Gonna Leave You
11 - Misty Mountain Hop
12 - Kashmir



10 de jul. de 2015

V.A. - "The Best Symfo Rock" - 2015

No mundo do rock, basta a música ser um pouco mais sofisticada com alguns arranjos aparentemente mais elaborados e inteligentes, com algumas surfadas em um sintetizador ou um bom piano, que a música logo é associada ao rock progressivo, que no fundo hoje em dia é um “fetiche” ser associado a ela.

Esta coletânea, “The Best Symfo Rock” é um excelente exemplo, pois nos brinda com clássicos originais do rock progressivo, bem como algumas outras pérolas musicais que foram inseridas com mesma intenção, porém completamente fora do contexto, apesar de serem oriundas de bandas muito boas, boas não, excelentes, mas que realmente passam ao largo do mundo progressivo 

A lista é extensa e eu começo pelo “Queensryche” que eu gosto muito, sendo que eu tenho diversos álbuns, inclusive um de covers muito interessante onde figura até uma homenagem ao Pink Floyd com a música, "Welcome To The Machine", mas longe de flertar com a vertente, pois a tônica da banda é o Metal Progressivo, onde guitarras e a bateria falam mais alto.

Queensryche
Na sequência temos também neste álbum o “Toto”, que é uma puta banda de Pop Rock/Funk Rock com músicos realmente extraordinários, sempre lotando estádios e teatros, pois produzem uma música muito firme e empolgante, mas também, como as demais, muito distantes do rock progressivo.

Toto
O “Styx” que eu tenho um carinho e respeito muito grande pelo seu trabalho, também figura neste álbum, mas sua característica principal sempre foi o Hard Rock e  em alguns momentos, como no álbum "Pieces of Eight" de 1978 utilizaram um church organ em algumas músicas, o que conferiu ares progressivos a sua música, mas nunca foi o foco.

Styx
O “Rush”, uma banda fora de série, realmente teve uma curta fase progressiva no final dos anos setenta, com a introdução de um sintetizador dando um toque mais aristocrático às músicas, acabou parando nas mão de Geedy Lee que além  do vocal, tem o baixo como seu principal instrumento, entretanto a banda sempre teve como essência musical o Hard Rock na veia, produzindo álbuns absolutamente fantásticos.

Rush
Na mesma linha vem o “Uriah Heep” que é uma máquina de sucessos que em dados momentos elabora suas músicas com tamanho nível de detalhes que realmente pode induzir a quem escuta o sentimento que se trata de uma banda de progressivo e a música “July Morning” que está neste álbum é um belo espécime para exemplificar o fato.

Uriah Heep
No meio desta confusão musical, sobrou até para o “Rainbow” do legendário “Ronnie James Dio”, com sua não menos legendária e épica música, “Gates of Babylon”, furiosa e hipnótica por natureza, é um clássico da banda, imortalizada na história do rock.

Rainbow 
O “Dream Theater”, bem que tentou enveredar por caminhos progressivos, mas não é sua vocação nata, fizeram um álbum um tributo ao “Pink Floyd” com a integra de “The Dark Side Of The Moon”, aliás, muito legal e bem feito, mas suas raízes estão no metal, e quando lá estão, mandam muito bem, produzindo belíssimas e estonteantes operas “metálicas”.

Dream Theater
O "Opeth" segue na mesma linha do "Dream Theater", com melodias muito bem elaboradas, enredos sofisticados e complexos com seu DNA voltado para o Metal Progressivo e que em dados momentos realmente cria um vínculo muito forte com o Rock Progressivo.



Estas associações são ruins para o rock progressivo??? Óbvio que não, pois ao contrário disso, só reforça a crença na vertente musical, mantendo sua chama acessa desde seus primórdios no final dos anos sessenta e é no mínimo uma honra ter bandas como às acima citadas, ao lado das demais bandas de rock progressivo.

A rigor pouco importa se banda é isto ou aquilo, pois o que importa realmente é a qualidade da música, a dedicação de seus criadores, o empenho em agradar seus admiradores e fãs, a surpresa de um novo álbum com suas capas cada vez mais loucas e esmeradas, portanto, Hard Rock, Metal Progressivo, Rock Progressivo ou seja o que for, o que realmente conta é o encantamento que todas essas músicas conseguem proporcionar com maior ou menor intensidade dependendo de cada pessoa.

Quanto às demais bandas deste álbum triplo, não há novidades a serem destacadas e logicamente como sempre acontece, muitas outras excelentes bandas ficaram de fora por questões comerciais, entretanto o set list do álbum é muito bom, sendo uma porta de entrada para novos adeptos e uma boa lembrança para os iniciados.


Tracks 
Disc 1
01. Genesis - Firth Of Fifth (9:34)
02. Yes - Yours Is No Disgrace (9:42)
03. Rush - Tom Sawyer (4:33)
04. Marillion - Script For A Jester's Tear (8:39)
05. Manfred Mann's Earth Band - Blinded By The Light (7:04)
06. Asia - Heat Of The Moment (3:50)
07. Pendragon - Paintbox (8:37)
08. Emerson, Lake & Palmer - Lucky Man (4:38)
09. Queensrÿche - Walk In The Shadow (3:35)
10. Styx - Come Sail Away (5:31)
11. Jethro Tull - Nothing Is Easy (4:22)
12. Mike & The Mechanics - Blame (5:18)
Disc 2
01. Camel - Ice (10:13)
02. Kayak - Merlin (7:19)
03. Fish - Vigil (8:42)
04. IQ - Promises [As The Years Go By] (4:31)
05. Rainbow - Gates Of Babylon (6:47)
06. Queensrÿche - Operation Mindcrime (4:47)
07. Angel - Tower (6:55)
08. Uriah Heep - July Morning (10:34)
09. Colosseum - The Valentyne Suite Theme One: January's Search (6:21)
10. Opeth - Fair Judgement (10:22)
Disc 3
01. Rush - Spirit Of Radio (4:58)
02. Dream Theater - Metropolis Part I: The Miracle And The Sleeper (9:32)
03. Arena - The Hanging Tree (7:11)
04. Emerson, Lake & Palmer - Peter Gunn Theme (3:35)
05. Angel - The Fortune (8:39)
06. Styx - Suite Madame Blue (6:31)
07. Mostly Autumn - The Gap Is Too Wide (10:36)
08. Supersister - Present From Nancy (5:10)
09. Focus - Hocus Pocus (6:41)
10. Kansas - Carry On Wayward Son (5:23)
11. Toto - Home Of The Brave (6:49)


LINK

29 de mai. de 2015

YES - "Progeny: Seven Shows from Seventy-Two" - 2015

“Invasão de privacidade”, este deveria ser o nome deste CDbox do Yes, intitulado, “Progeny: Seven Shows from Seventy-Two”, composto por quatorze CD’s, espelhando o que de melhor o Yes soube fazer ao longo dos anos setenta, “MÚSICA”, com letras maiúsculas, para que não paire nenhuma dúvida.

Aliás, uma MÚSICA, simplesmente irresistível, invasora de corações e mentes, viajante, um estímulo cultural sem precedentes, que no meu caso, me persegue há mais de quarenta anos e a história se repete a cada álbum ou bootleg escutado, pois ela está sempre renovada com um novo caminho a ser percorrido.

Espantosamente desta vez a acéfala indústria fonográfica saiu na frente e lançou esta magnífica coleção de shows acontecidos no ano de 1972, entre outubro e novembro, distribuídos pelos USA e o Canada, cobrindo a “Close to The Edge Tour”, apenas lembrando que neste mesmo ano já havia sido lançado o álbum “Fragile” outra super pérola da banda.

O negócio é tão sério em relação ao Yes, que sabiamente, na abertura de seus shows eles usavam um trecho da “Firebird Suite” resultando em uma expectativa devastadora sobre o que viria a seguir e posso assegurar por ter vivido esta experiência que a viagem começava ao apagar das luzes e o início desta abertura, simplesmente inigualável. 

Fazendo um “Brain-Storm” bem sucinto, vamos voltar ao ano de 1969, quando foi lançado o primeiro álbum, “YES” onde não tínhamos ideia completa de qual seria o caminho que esta nova banda iria seguir, mas só pelo fato de incluírem uma música dos “Beatles”, chamada, “Every Little Thing", com uma excelente versão psicodélica, já mostrava algo diferenciado em sua própria música e uma dose elevada de audácia para quem estava começando.

No ano seguinte, eles começavam a ligar as turbinas em direção ao rock progressivo com seu álbum, “Time and Word”, ainda de forma muito tímida, mas demonstrando uma forte personalidade, que veio a eclodir verdadeiramente no ano seguinte com o “Yes Album”, um clássico do rock com lugar de destaque garantido na história do rock.


Agora, lançar dois álbuns com a indiscutível qualidade musical, como “Fragile” e “Close to the Edge”, aclamados pela crítica e principalmente pelos fãs no período de um ano, não é para qualquer, é coisa de gênio e neste momento, inegavelmente a banda dispunha dos melhores músicos e compositores da época.

É certo que falar em melhor banda ou melhor músico daquela época, chega a ser um sacrilégio ou mesmo uma tentativa de suicídio, pois se colocarmos lado a lado, Yes, Genesis, ELP, PFM, Camel, Triumvirat, Jethro Tull, Pink Floyd, Eloy, Kansas e mais um sem número de bandas, vamos todos sair na porrada e não vamos chegar a lugar algum, mesmo porque até mesmo em certos casos a comparação se tornaria impossível, portanto, humildemente peço a licença a todos para considerar que para esta resenha o Yes fosse a melhor banda naquele momento.

Vale lembrar que, logo depois em 1973, não satisfeitos com o que já tinham feito, ainda iriam lançar o que para mim define um dos paradigmas do rock progressivo, “Tales From Topographic Oceans”, obra mais do que prima do rock.

Sei que muitos vão lembrar que este álbum foi o estopim para o primeiro pedido de demissão de Rick Wakeman da banda e bla bla bla, entretanto, há alguns anos atrás o próprio reconheceu seu inestimável valor, pois não poderia ser diferente.

Mesmo depois de sua saída, o álbum “Relayer”, de 1974 com o “bolha d’água” do Patrick Moraz, que sem dúvidas é um excelente tecladista, talvez um dos melhores do mundo, mas infelizmente como nem tudo é perfeito, além de muito pedante, ele é um “chato de galochas”, mas justiça seja feita, saiu-se muito bem neste álbum, tanto nos estúdios, bem como em suas apresentações públicas, transformando-o em um dos maiores feitos do Yes.

Resumindo este imbróglio todo, o Yes é a síntese de parte de uma época, onde o pior músico era excelente, a música era arrebatadora e cativante, com uma inteligência incomum, capaz de proporcionar viagens sem sair do lugar, coisa de louco mesmo, sem explicação lógica. 

Voltando ao álbum, “Progeny: Seven Shows from Seventy-Two”, ele registra as apresentações em sete ocasiões diferentes, entretanto, seu repertório é praticamente o mesmo em todos os shows, o que não tira o mérito deste CDbox, que está com o áudio mais do que perfeito, o que para os fãs da banda fica como mais um documento histórico, portanto amigos, sejam bem rápidos, pois este link deve durar muito pouco tempo. Boa audição a todos!!!

ALTAMENTE RECOMENDADO!!!!

Yes:
Jon Anderson / vocals
Steve Howe / guitar
Chris Squire / bass
Rick Wakeman / keyboards
Alan White / drums

Track Listing for every show/double disc:
Opening (Excerpt From Firebird Suite)
Siberian Khatru
I've Seen All Good People
  a. Your Move
  b. All Good People
Heart Of The Sunrise
Clap/Mood For A Day
And You And I
  i. Cord Of Life
  ii. Eclipse
  iii. The Preacher The Teacher
  iv. Apocalypse
Close To The Edge
  i. The Solid Time Of Change
  ii. Total Mass Retain
  iii. I Get Up I Get Down
  iv. Seasons Of Man
Excerpts From "The Six Wives Of Henry VIII"
Roundabout
Yours Is No Disgrace

LINK

21 de mai. de 2015

ELOY - "Minden" - 1973

Se eu não estiver muito enganado, esse será o vigésimo quarto álbum do Eloy que posto aqui no blog e prestando bem atenção, verifiquei que postei mais álbuns da banda alemã do que para o ELP, Jethro Tull ou até mesmo o Kansas, que são bandas mais populares e difundidas do que o Eloy, mas existem algumas particularidades que o diferenciam das demais citadas.

Uma das particularidades é a existência de Frank Bornemann, um mago do rock, um visionário muito além de seu tempo, ótimo compositor, excelente guitarrista, um bom cantor e uma das figuras mais queridas e admiradas em seu meio que soube cativar uma legião de fãs espalhadas pelos cinco continentes em pouco mais quatro décadas de dedicação à música.

Outra atratividade da banda, é a quantidade de músicos que já passaram pelo grupo, algo em torno de uns 15 músicos que entraram e saíram, alguns até retornaram e pelo incrível que possa parecer, o som da banda manteve uma invejável uniformidade musical.

Esse fenômeno foi possível graças a boa administração de Frank Bornemann, que só esteve fora de um único álbum, a trilha sonora do filme “Codename Wildgeese”, de 1984, estrelado por alguns nomes bem conhecidos como Lee Van Cleef, Ernest Borgnine, Klaus Kinki e outros, já postado aqui em dezembro de 2010.

Como se fosse um camaleão, a música do Eloy foi se adaptando ao longo do tempo e ao invés de mudar de cor conforme a necessidade ele mudou sua música conforme os movimentos musicais iam surgindo, sem perder sua real vocação, o rock progressivo, passando pelas fases Hard Rock, Progressiva, Sinfônica e até mesmo uma fase metal, bastando dar uma escutada no álbum “Metromania” de 1984 que é recheado de pegadas bem fortes de guitarra e bateria.

Uma triste característica desta banda é justamente a falta de material alternativo à sua discografia oficial, portanto quando aparece al diferente, é uma obrigação dividir com todos este bootleg, intitulado, “Minden”, gravado no “Zur Grille” em abril de 1973, na cidade alemã de Minden.

Parte desta gravação foi feita a partir de músicas extraídas do álbum, “Inside”, deste mesmo ano, bem como duas músicas que a princípio não se encaixam em álbum de estúdio algum, “The Church” e “Flying High” e mais duas que não possuem qualquer identificação, portanto temos algo de inédito neste bootleg, o que é muito bom, para uma banda tão “mosca branca” como esta.

Nesta época o som da banda estava muito próximo ao Hard Rock, entretanto já com nítidas influências do rock progressivo que começavam a incendiar a genial mente de Frank Bornemann, que daí por diante iria revelar sua veia progressiva nos álbuns seguintes.

Do álbum “Inside” temos as músicas, “Inside”; “Future City”, “Castle In The Air” e “Land Of No Body” e para dar vida a estas músicas, além do próprio Frank Bornemann, a formação do Eloy foi completada por Manfred Wieczorke nos teclados, Wolfgan Stocker no baixo e Fritz Randow na bateria completam o elenco de músicos.

Apenas para situar a discografia da banda, a partir de 1971 até 2014, foram lançados dezessete álbuns de estúdio, três álbuns “live”, duas compilações com suas melhores músicas e uma trilha sonora de filme, completam este rico acervo musical. 

ALTAMENTE RECOMENDADO!!!!

Eloy:
Frank Bornemann - guitar, vocals
Manfred Wieczorke- organ
Wolfgang Stocker - bass
Fritz Randow - drums


Tracks:
01 Inside
02 Future City
03 Castle In The Air
04 The Church
05 Flying High
06 Land Of No Body
07 Unknown
08 Drum Solo
09 Unknown


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