6 de jun. de 2014

ILÚVATAR - “From The Silence” - 2014

Que notícia boa, muito boa mesmo!!! O Ilúvatar está de volta na estrada com seu novo álbum, o quarto de estúdio, intitulado, “From The Silence”, que acaba de sair do forno, com a mesma vitalidade e criatividade dos álbuns anteriores, fechando um ciclo de quinze fora dos estúdios. 

Com a mesma formação do álbum anterior, “A Story Two Days Wide”, o Ilúvatar com sua nova criação nos remete diretamente ao rock progressivo doas anos noventa, que aquela altura já representava a terceira geração desta tendência musical que é tão controversa e que há anos a fio caminha em uma linha tênue entre o ódio e o amor, pois quem gosta, não gosta pouco e quem odeia idem.

Entretanto é curioso que tanto tempo depois de sua origem, ainda existam de ambos os lados, músicos e público, dispostos a investir em um segmento musical que muitas vezes é tão criticado duramente, por representar algo que aparentemente está morto e ultrapassado, mas que na verdade, ainda possui muito fôlego e um grande público fiel às suas origens e que de alguma forma ainda consegue agregar mais e novos adeptos a cada geração que vai surgindo. 


O Ilúvatar é uma banda extremamente constante, sóbria, nunca esteve próxima de uma situação de estrelismo como aconteceu com o IQ, Pendragon e tantas outras bandas, porém a qualidade de seus trabalhos é inegavelmente impecável, beirando quase a perfeição, mas por força do destino e/ou mesmo da falta de um marketing a altura de suas reais possibilidades a banda nunca teve o devido reconhecimento que outras bandas de mesmo calibre tiveram nos anos noventa.

Enfatizo isso por conta deste álbum, “From The Silence”, pois no atual momento em que nos encontramos, em meio a esta crise cultural sem precedentes na história, este trabalho para mim representou um oásis no meio do deserto, pois com raríssimas exceções, nada de novo que realmente valha a pena investir foi feito, pois o numero de bandas e artistas isolados que estão surgindo em escala geométrica nos diversos segmentos da música chegam até nós travestidos de clichês musicais e performances que beiram o ridículo, vide nossa atual MPB e o Pop internacional que perdeu inexplicavelmente sua inteligência.

Que bela surpresa o Ilúvatar está nos proporcionando com este instigante álbum, que está repleto de dinamismo, poesia e lirismo apresentados de forma tão simples e ao mesmo tempo tão profunda que atinge com um tiro certeiro a alma de quem gosta de rock progressivo.

A banda está com a mesma formação do seu álbum anterior, portanto não há grandes novidades por este aspecto, mas para a minha surpresa, a voz de Glenn McLaughlin, apresenta-se esta muito preservada, não demonstrando o menor sinal de cansaço, o que é uma coisa muito boa, levando-se em consideração que sua voz é um diferencial positivo que agrega muito valor à obra.

Jim Rezek, o homem dos teclados, não chega a ser um “virtuose” nesta disciplina, entretanto, também manteve em dia seus fundamentos básicos, criando atmosferas bem interessantes e disparando alguns solos bem viajantes o suficiente para matar as saudades do grupo e confirmar que ainda há vida inteligente na música.

Dennis Mullin, também está muito bem no comando de sua guitarra, já que manteve sua habitual segurança e alegria ao tocar, surfando com muita tranquilidade pelas cordas de suas guitarras, demonstrando que ainda possui muita habilidade com o instrumento.

Dean Morekas e Chris Mack, respectivamente o baixista e baterista, dão conta da cozinha da banda com muita competência e talento, portanto tornando o conjunto como um todo, muito harmônico e integrado, o que proporciona um ganho de escala muito grande para a banda que é formada apenas por bons músicos, mas que em conjunto se tornam gigantes.

As musicas estão formatadas com uma curta duração para este gênero musical, mas isso não é um problema de forma alguma, pois realmente estão na medida certa para atender as novas demandas de mercado e dentre elas, inicialmente as que mais chamaram a minha atenção por sua criatividade, são as músicas ”Open The Door”; “The Storm”; “Between”; ”The Silence!” e “Until”, isto logo na primeira audição do álbum, portanto, para aceitar a totalidade do álbum,  não será difícil, uma vez que eu praticamente já tenho meio caminho andado.

Fica o convite a todos para a audição de mais um excelente trabalho do Ilúvatar que corajosamente lança um trabalho inédito após quinze anos de recolhimento, produzindo-o com tanta criatividade e sabedoria.

ALTAMENTE RECOMENDADO!!!!

Ilúvatar
Glenn McLaughlin / vocals, percussion
Dennis Mullin / guitars
Jim Rezek / keyboards
Dean Morekas / bass, bass pedals, backing vocals
Chris Mack / drums, percussion

Tracks
01. From The Silence (0:53)
02. Open The Door (4:49)
03. Resolution (7:03)
04. Le Ungaire Moo-Moo (3:29)
05. Across The Coals (7:56)
06. The Storm (4:01)
07. Favorite Son (4:15)
08. Between (7:01)
09. The Silence! (6:22)
10. Older Now (3:19)
11. Until (6:02)


2 comentários:

  1. Velho!!! Descobri esse blog revendo meus antigos acessos no orkut... estou impressionado como você ainda o mantem! Poxa... muito obrigado, estou feliz de verdade por achar conteudo de tão boa qualidade.

    Participava anos atras de uma comunidade do orkut que tinha uma galerona que compartilhava os arquivos... deu uma saudaaaaade.

    E as resenhas que vc escreve... de primeira. Assinei o feed pra saber sempre que vc postar algo novo!!!!

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    Respostas
    1. Valeu meu caro....

      Muitíssimo obrigado por suas palavras....

      Espero que possa aproveitar e se divertir bastante..........

      Um forte abraço,

      Gustavo

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