17 de abr. de 2011

ELOY - "Silent Cries And Mighty Echoes" - 1978

Vindo na cauda do cometa formado pelos álbuns anteriores, principalmente de "Down" e "Oceans", duas obras primas do rock progressivo, uma vez mais o Eloy, surpreende, desta vez com o álbum "Silent Cries And Mighty Echoes", lançado em 1978. 

E quando me refiro ao cometa acima, eu não estou fazendo uma referência ao sucesso, que é uma situação relativa, que sofre mutação com a variação do tempo e espaço, mas sim sobre a qualidade do álbum que dá para ser mensurada, comparada e este álbum e um bom exemplo, exemplo não, é uma pós-graduação de como criar uma peça musical e imortalizá-la nos anais da história da música. 

Até para não cometer uma injustiça, acrescento à lista acima, "Power and the Passion" o primeiro de uma fantástica trilogia de álbuns de rock progressivos, lançados com muito pouco espaço de tempo entre um e outro, já de cara mostrando um poder de criação dificílimo de encontrar em outras bandas e agora coroado definitivamente por "Silent Cries And Mighty Echoes", que para ser honesto forma uma das seqüências de álbuns mais perfeita da história do rock, pois poucas bandas conseguiram uma uniformidade e homogeneidade  tão grande como o Eloy, conseguiu. 

No caso do Eloy, que uma banda mutante, que praticamente não conseguiu fazer mais que dois álbuns em seqüência com uma mesma formação, porém, tem em seu espírito uma unidade, que atende pelo nome de Frank Bornemann, uma figura inigualável, não só por seu talento e criatividade, mas principalmente pelo seu carisma agregador, fator fundamental para unir as pessoas em torno de um objetivo comum, no caso, a música. 

O cuidado e o esmero das composições e arranjos música do Eloy, impressiona pelo nível de detalhes encontrados em cada musica, em cada instrumento, sendo esta, uma das características mais marcantes da banda e um indicador da presença imprescindível de Frank Bornemann em comandar as ações do grupo. 

"Silent Cries And Mighty Echoes" é um retrato fiel da essência da banda, pois é carregado emocionalmente de um lirismo e poesia, um tanto raros em bandas de rock, ministrados em doses homeopáticas, mas sem deixar de ser um rock de afiados solos de guitarras e sintetizadores, vulcanizados pela voz especialíssima de Frank Bornemann, que a rigor nem é tão bonita, porém o sotaque alemão sobre a língua inglesa produz um efeito bem interessante. 

Este é um dos álbuns do Eloy mais divulgados na Internet, portanto comentar diretamente sobre este álbum é tomar o tempo de todos, porém, sempre vale uma reflexão sobre um dos trabalhos mais elaborados que o grupo produziu e uma oportunidade extra  para o acesso a esta obra prima do rock.

ALTAMENTE RECOMENDADO!!!

Musicians:
Frank Bornemann / guitars, vocals
Klaus-Peter Matziol / bass, pedals, chorus
Jürgen Rosenthal / drums, percussion
Detlev Schmidtchen / keyboards, chorus
Brigitte Witt / vocals (2b)

Tracks:
1. Astral Entrance & Master Of Sensation (9:03)
2. The Apocalypse (14:54)
a) Silent Cries Divide The Night
b) The Vision Burning
c) Force Majeure
3. Pilot To Paradise (7:01)
4. De Labore Solis (5:12)
5. Mighty Echoes (7:16)

LINK


"Astral Entrance"

"The Apocalypse - Parte 1"

"The Apocalypse - Parte 2"

2 comentários:

  1. Este foi o primeiro Eloy q adquiri. Creio q foi no final de 1979, ou começo de 1980. Naquela época, não encontrávamos discos importados , aqui em BH, então eu pedia, por telefone ou por carta, q ele me fosse enviado pela Varig, à loja carioca Modern Sound.

    Eu não conhecia nenhuma música; só conhecia do Eloy as canções "Future City" e "The Bells of Notre Dame".
    Ao começar a ouví-lo, logo depois da introdução tipo "Shine On...", do Pink Floyd, Frank Bornemman entra triunfalmente com seu vocal. Meu irmão, q nunca foi chegado em rock, diz o q pensei: "o vocal é do caralho!".
    Gosto muito da voz de Frank Bornemman. E o disco é um dos melhores do grupo. Tenho ainda o vinil, q está tipo novo. O meu é alemão. Capa belíssima!

    Abraços, Gustavo!

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  2. É meu amigo,

    Quem guarda, têm, e no seu caso um legítimo exemplar alemão,.....


    Esse álbum é um dos melhores, senão o melhor....

    A voz de Frank Bornemann é especial, diferente, deve ser o sotaque alemão....

    Apesar de ser um álbum bem manjado nos blogs, acho que seria uma sacanagem não postá-lo, afinal, boa parte dos links estão quebrados.........

    Volte sempre!!!


    Abraços,

    Gustavo

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