30 de dez. de 2010

PINK FLOYD - "Together We Stand" - 2009

Como hoje é o último dia produtivo do ano e ainda tenho uma longa viagem pela frente, faço uma rápida resenha para apresentar mais uma pérola do Pink Floyd e deixar meus sinceros votos de um 2011 repleto de muita Luz e Rock'roll a todos os internautas presentes e ausentes do blog.

"Together We Stand" é uma compilação que reúne diversas apresentações públicas do Pink Floyd, e pelo que pude entender, foi produzida pelo blog BAISTOPHE, que merece receber todos os créditos e agradecimentos por esta iniciativa, que, diga-se de passagem, está altamente profissional, tanto pela qualidade de seu conteúdo musical, bem como pela produção da arte gráfica que é fantástica.



Temos apresentações no mínimo antológicas, pois elas começam no ano de 1968 com "Interestellar Overdrive" e vão até 1994 com "Wish You Are Here", proporcionando momentos de muita magia, pois foram escolhidas a dedo, varrendo praticamente todas as fases a que a banda teve, em função de mudanças estruturais em sua formação, com a saída prematura de Syd Barrett e a entrada de David Gilmour, o que talvez tenha sido um dos motivos para a migração da fase psicodélica para o rock progressivo, além do que, o movimento surgia impulsionado por diversas bandas de peso, dentro e fora da Inglaterra, o que naturalmente obrigaria a banda a se adequar a nova ordem, sob a pena de extinção, o que seria um lástima irreparável para a música.




O suporte para estas músicas, são os álbuns "The Piper at the Gates of Dawn"; "The Piper at the Gates of Dawn"; "More"; "Atom Heart Mother"; "The Dark Side of the Moon"; "Wish You Are Here" e "The Wall" que são a expressão da obra do Pink Floyd.




O momento psicodélico da banda recebe um destaque maior, o que é muito bom, pois é difícil encontrar material que tão bem represente esta fase, que a rigor não é a minha preferida, mas que tem um valor histórico musical muito grande e que tem que ser exposta para que todos possam compreender todo o processo criativo que levaram o Pink Floyd a produzir álbuns como, "The Dark Side of the Moon"; "Wish You Are Here" e "The Wall" que fazem parte do inconsciente coletivo de diversas gerações que uma após a outra são capturadas por criações feitas a mais de quatro décadas e que até hoje tem o poder atrair mais adeptos para a sua incontável legião de fãs.


Musicians:
Sid Barrett
Roger Waters,
Nick Mason
David Gilmour,
Richard Wright
Track Listening:  

01 Interstellar Overdrive
02 Astronomy Domine
03 Nightmare (Cymbaline)
04 Set the Controls for the Heart of the Sun
05 Green Is The Colour  -  Careful With That Axe, Eugene
06 Grantchester Meadows
07 Fat Old Sun

01 Atom Heart Mother
02 A Saucerful of Secrets
03 Breathe - On The Run
04 Raving And Drooling
05 Run Like Hell
06 Money
07 Wish You Were Here

"Fat Old Sun"

"Run Like Hell"

29 de dez. de 2010

YES - "The Word Is Live" - 2005

Esta compilação oficial da banda, "The Word Is Live", é uma viagem musical entre as décadas de setenta e oitenta, mostrando a evolução do Yes neste período, com gravações feitas em diversas épocas e locais bem como revelando e de certa forma colocando lado a lado as diversas formações que a banda teve até então.

É interessante relembrar as primeiras músicas e constatar que o Yes já nasceu à frente de seu tempo, tendo em vista que nesta fase embrionária a música produzida era absolutamente diferente de tudo que já havia sido feito e se levarmos em consideração que mesmo com o fim dos Beatles, todos que viveram aquela época ainda estavam muito desorientados em relação à música, a rigor sem chão para se manter em pé.

Substitui-los, nunca, missão impossível de ser feita, estamos a mais de quarenta anos do fim da banda e ninguem chegou sequer longe do que representou a música dos quatro besouros mais conhecidos do planeta. 

A missão do Yes, assim como de outras bandas do gênero não seria nada fácil, então o jeito seria fazer algo muito diferente e assim foi feito, pois das músicas fáceis de cantar e até de dançar da era Beatles, passamos para intrincados e complexos cenários musicais onde verdadeiras epopeias musicais são contadas pela fusão da música clássica com o simples e bom rock, nos transportando para mundos imaginários ou para alguma parte da história da humanidade.

Portanto, este álbum é um convite para um passeio sobre a trajetória de uma das bandas mais representativas do rock progressivo e uma oportunidade para quem ainda não conhece o trabalho do Yes e por ele,  ficar irresistivelmente encantado, assim como para os Yesmaníacos como eu, matar as saudades de músicas já escutadas um sem número de vezes, mas que a cada audição revelam um novo predicado.

Musicians:
Alan White
Bill Bruford
Chris Squire
Geoff Downes
Jon Anderson
Patrick Moraz
Peter Banks
Rick Wakeman
Steve Howe
Tony Kaye
Trevor Horn
Trevor Rabin

Track Listening:
01 - Astral Traveller (Gothenburg 1971)
02 - Everydays (Gothenburg 1971)
03 - Yours Is No Disgrace (London 1971)
04 - I've Seen All Good People (London 1971)
05 - America (London 1971)
06 - It's Love (London 1971)
07 - Apocalypse (Cobo Hall, Detroit 17 Aug 76)
08 - Siberian (Khatru Cobo Hall, Detroit 17 Aug 76)
09 - Sound Chaser (Cobo Hall, Detroit 17 Aug 76)
10 - Sweet Dreams (QPR Football Ground, London 10 May 75)
11 - Future Times/Rejoice (Oakland Coliseum, Ca 8 Oct 78)
12 - Circus of Heaven (Forum, Inglewood, Ca 5 Oct 78)
13 - The Big Medley (Forum, Inglewood, Ca 5 Oct 78)
14 - Hello Chicago (Chicago Int Amphitheatre, 9 Jun 79)
15 - Roundabout (Chicago Int Amphitheatre, 10 Jun 79)
16 - Heart of The Sunrise (Oakland 1978)
17 - Awaken (Chicago 1979)
18 - Go Through This (New York 1980)
19 - We Can Fly From Here (New York 1980)
20 - Tempus Fugit (New York 1980)
21 - Rhythm of Love (Houston 1988)
22 - Hold On (Houston 1988)
23 - Shoot High, Aim Low (Houston 1988)
24 - Make It Easy/Owner of A Lonely Heart (Houston 1988)

LINK

"Roundabout"


"Yours Is No Disgrace"

"Shoot High, Aim Low"

28 de dez. de 2010

GENESIS - "In a House of Dreams" - 1977

Mesmo sem a presença marcante de Peter Gabriel junto à banda, neste momento o Genesis estava se saindo muito bem, pois a vontade de continuar na estrada era muito grande e, diga-se de passagem, os membros restantes eram portadores de um talento nato para o ofício da música, que a principio os dois álbuns que seguiram à saída de Peter Gabriel em nada deixam a desejar.

Esta fase inicial sem a presença teatral de seu até então comandante, poderia significar o fim da banda ou o início de uma nova era e o que ficou mais latente é que a banda estava mais inclinada à segunda opção, pois em 1976, dois álbuns de estúdio foram lançados, "A Trick of the Tail" e "Wind & Wuthering", o primeiro sendo lançado em fevereiro e o último em dezembro do mesmo ano, deixando-me com um dúvida se este tipo de atitude seria uma resposta à saída de Peter Gabriel ou simplesmente obrigações contratuais junto à gravadora.

O que importa mesmo, é que este material serviu de base para uma longa turnê que se estendeu por mais de um ano, passando inclusive aqui pelo Brasil, com shows em Porto Alegre, Belo Horizonte, São Paulo e Rio de Janeiro, uma iniciativa do Projeto Aquárius e do jornal O Globo, a qual tive o privilégio de assistir por duas vezes quando ainda morava no Rio.

Eu particularmente gosto muito desta fase inicial da banda, pós Gabriel, não que tenha gostado da saída dele, muito pelo contrário, mas que o empenho em estar fazendo um bom trabalho, representava a continuidade da banda junto ao seu público, mostrando seu potencial produtivo e criativo, pois naquele momento esta atitude significaria a sobrevivência de um dos grupos de rock que mais fãs conseguiu reunir ao longo de praticamente quatro décadas de serviços prestados à música.


Recentemente assisti um DVD com um show do Genesis, "Live in Rome", feito em 2007 ou 2008, agora não me recordo da data correta e mesmo estando desfalcado de Peter Gabriel e Steve Hackett, a impressão que fica trinta anos após ter assistido a uma apresentação da banda (tô velho pra cacete), bem junto ao palco, é que a vontade de continuar é a mesma, pois o vigor, mesmo que camuflado pelo tempo e a experiência adquirida, também continua o mesmo. Viva o Genesis, sempre!!!!!

Este bootleg segue os mesmos padrões dos shows do Rio de Janeiro e São Paulo, já postados aqui no blog, portanto, mãos à obra, download feito, divertimento garantido.

Musicians:
Phil Collins,
Mike Rutheford,
Tony Banks;
Steve Hackett
Chester Tompson

Track Listening:
01. Squonk
02. Chat - good evening
03. One For The Vine
04. Chat - a silly story
05. Robbery, Assault & Battery
06. Chat - Myrtle the Mermaid
07. Your Own Special Way
08. Chat - Steve's intro
09. Firth Of Fifth
10. Chat - something from our new record
11. In That Quiet Earth (Part 1)
12. In That Quiet Earth (Part 2)
13. Afterglow
14. I Know What I Like
15. Chat - Mike's intro
16. Eleventh Earl Of Mar
17. Chat - hospital radio
18. Carpet Crawlers
19. Chat - the mouse
20. All In A Mouse's Night
21. Chat - bloody stupid stories
22. Supper's Ready
23. Dance On A Volcano
24. Drum Duet
25 Los Endos
26. The Lamb Lies Down On Broadway
27. The Musical Box (Closing Section)

LINK
"In that quiet earth & afterglow"

"Eleventh earl of mar"

27 de dez. de 2010

MIRAGE - "Live Mirage - 14.12.1994" - 1994

Passado os momentos festivos do Natal, com direito a nozes, castanhas e tudo mais, vamos ao que interessa, neste caso, a música, preferencialmente da melhor qualidade e para tanto, vamos voltar no tempo, mais precisamente em 1994 e ficar a frente do Mirage de Pete Bardens e companhia. 

Tudo começou no ano de 1994 quando Pete Bardens conseguiu reunir para as primeiras passagens de som, os músicos Andy Ward, Dave Sinclair, Hastings Pye, Jimmy Hastings, Steve Adams e Rick Biddulph que começaram a ensaiar loucamente as melhores músicas do Camel e do Caravan para da suporte a  uma turnê na Inglaterra e na Holanda resultando na gravação deste álbum duplo, intitulado "Mirage Live - 14.12.94", um primor de trabalho que sintetiza a obra destas duas bandas de rock progressivo, que sempre estiveram lado a lado à época em que esta vertente musical estava em alta durante os loucos anos setenta.

Este é o primeiro registro ao vivo do Mirage que trás um repertório bem variado e interessante das duas bandas, proporcionando mais de duas horas de um concerto de rock com as melhores músicas originárias das bandas anteriores e algum material direto de Pete Bardens, fazendo parte deste elenco, músicas vindas de álbuns do Camel como, Snowgoose, Moonmadness, Mirage e diversos outros do Caravan como, Waterloo Lily, Cunning Stunts e mais alguns outros que agora não me recordo, mas muito representativos na discografia do Caravan.

Não restando muito mais o que comentar, pois o objetivo é divulgar estas obras de arte, cabe apenas ressaltar que esta fusão de membros de duas grandes bandas do rock, orquestrada por uma figura genial que atende pelo nome de Pete Bardens, só poderia resultar em um presente para nossos ávidos ouvidos que sempre estão à busca da música perfeita, nunca se contentando com pouco, sempre na esperança de que uma novidade musical possa matar a sede auditiva que faz parte do cotidiano dos seguidores deste complexo estilo musical.

Musicians:
Steve Adams / guitars, vocals
Pete Bardens / keyboards, backing vocals
Rick Biddulph / bass, vocals
Jimmy Hastings / saxophones, flutes
Pye Hastings / guitars, vocals
David Sinclair / keyboards
Andy Ward / drums, percussion

Tracks Listing:
CD1:
01. The great marsh (4:47)
02. Rhayader / Rhayader goes to town (5:14)
03. Song within a song (6:53)
04. Speed of light (6:04)
05. In dreams (6:15)
06. Tell me (3:44)
07. Skylines (4:27)
08. 9 feet underground (10:42):
  I) Dance of the 7 paper hankies
 II) Hold grandpa by the nose
III) Disassociation
IV) 100% proof
09. Caravan medley (12:09):
  I) Intro
 II) Where but for Caravan would I
III) O Caroline
IV) Love in your eye
 V) Backwards
VI) A hunting we shall go

CD2:
01. Never let go (6:22)
02. Lizard on a rock (7:50)
03. The sleeper (6:08)
04. Timepiece (6:27)
05. For Richard (13:14):
  I) Can't be long now
 II) Françoise
III) For Richard
IV) Warlock
06. Journey (5:01)
07. Free fall (5;50)
08. Lunar sea (9:44)
09. Gunblasters (4:11)

LINK

"Pete Bardens - In dreams"

23 de dez. de 2010

GROBSCHNITT - "The History Of Solar Music" - Volumes 1 a 5 - 2001/2004

Como amanhã será um dia um tanto complicado e provavelmente não conseguirei acessar o blog, pois estaremos às vésperas do Natal, a postagem de hoje será especial, pelo menos para mim, tendo em vista que um material que já tenho guardado há muito tempo, é digno de ser repartido com todos nesta semana especial.

Estamos falando do Grobschnitt e seus álbuns, "The History Of Solar Music", volumes um a cinco que são uma síntese fantástica do que são capazes de fazer os músicos de uma das bandas mais loucas e criativas da história da música contemporânea e que muito precisa ser divulgada por todos os blogs e afins, levando-se em conta o alto valor musical contido em seus arranjos e letras.

Comentar a respeito da banda, seus músicos ou sobre ás músicas é totalmente desnecessário, pois existe farto material a respeito da história da banda disponível em diversos blogs, inclusive aqui no blog em postagens anteriores da banda. 

Para quem ainda não teve a oportunidade de ter contato com esta banda, será sem dúvida alguma uma grande descoberta e para os conhecedores de longa data, um bom motivo para relembrar as músicas mais bem humoradas do rock progressivo, krautrock ou como queiram classificá-las.

UM FELIZ NATAL A TODOS!!!!!!!











"Solar Music Live"

22 de dez. de 2010

NIKOLO KOTZEV - "Nostradamus" - 2001

Tendo como tema central a história de Nostradamus, Nikolo Kotzev, guitarrista, violinista e compositor, nascido na Bulgária, concebeu este álbum, "Nostradamus", uma Opera Rock, feita ao estilo sinfônico-prog-metal, sem cometer exageros, dosando sabiamente todas as influências musicais, criando uma peça de facílima aceitação.

Fora seu talento em compor e tocar sua guitarra, Nikolo Kotzev, reuniu um elenco de primeiríssima categoria, trazendo para o grupo nomes como, Glenn Hughes e Joe Lynn Turner, duas super feras do hard rock que dispensam qualquer apresentação e a fantástica "The Sofia Strings Symphonic Orchestra" que dá uma sustentação às musicas difícil de encontrar em outras Operas Rock.

Neste momento enquanto escrevo estas poucas linhas, tenho ao fundo as músicas deste álbum como fonte de inspiração e como a idade já é um pouco avançada e neste caso uma vantagem, pois já escutei de tudo um pouco, mas não tudo,  dá para para se fazer algumas considerações.

Levando-se tudo isto em em consideração, eu  chego à conclusão que para a música para não exista idade, mas exista um encontro divino entre as infindáveis combinações das sete notinhas musicais e quem a está escutando, pois acho difícil alguém não se emocionar com este álbum, que de tudo tem um pouco, dinâmico por excelência, do tipo que faz levantar defunto do caixão, tendo em vista que é muito contagiante, difícil de resistir a seu encanto. 

Mas sei que tem gente que deve me achar ridículo em escutar este tipo de música, que é coisa de gente jovem, metaleiro e aí por diante, mas não há como negar o que é bem feito e que toca nossos sentimentos profundamente e que por alguns instantes nos remete a viagens lisérgicas sem, no entanto estarmos nos drogando com algum veneno da modernidade que tanto abominamos.

Na verdade não adianta ficar falando muito, dissertando sobre isso ou aquilo, pois o objetivo único é divulgar o que muitas vezes está perdido, escondido ou mesmo esquecido, pois um material inédito é praticamente impossível, pois com o crescimento em escala exponencial da internet e sua velocidade de propagação das informações, só nos cabe ser mais um pequeno veiculo informativo a serviço da divulgação da música, independente de sua origem ou estilo, portanto quanto a este álbum, recomendá-lo é o mínimo que poderia esta fazendo agora.

Musicians:
Nikolo Kotzev - Guitar
Mic Michaeli - Organ
John Leven - Bass
Ian Haughland - Drums
Joe Lynn Turner - Vocals (Nostradamus)
Alannah Myles - Vocals (Anne Gemelle)
Sass Jordan - Vocals (Queen Catherine of France)
Glenn Hughes - Vocals (King Henri II of France)
Goran Edman - Vocals (Soldier/Ghost)
Jorn Lande - Vocals (The Inquisitor)
Doogie White - Vocals (Storyteller)
The Sofia Strings Symphonic Orchestra conducted by Nelko Kolarov

Tracklist:
CD1:
01. Overture (Instrumental) - ACT I
02. Pieces Of A Dream - ACT I
03. Desecration - ACT I
04. Introduction - ACT I
05. Home Again (Instrumental) - ACT I
06. Henriette - ACT I
07. Caught Up In A Rush - ACT I
08. The Eagle - ACT I
09. Plague - ACT I
10. Inquisition - ACT I
11. The King Will Die - ACT II
12. I Don´t Believe - ACT II
13. Try To Live Again - ACT II

CD2:
01. War Of Religions - ACT II
02. The Inquisitor´s Rage - ACT II
03. Chosen Man - ACT II
04. World War II - ACT III
05. World War III - ACT III
06. Because Of You - ACT III
07. The End Of The World - ACT III
08. I´ll Remember You - ACT III

LINK

"Overture"

"Desecration"

21 de dez. de 2010

YES - "Tormato Tour" - 1979

Realizado no Pacific Coliseum, Vancouver, Canadá em cinco de maio de 1979, o Yes apresenta sua "Tormato Tour" em meio a um momento difícil que a banda estava passando por conta de divergências entre seus integrantes e tendo em vista que quando o álbum "Tormato" foi lançado, as criticas chegaram de todos os cantos, inclusive internamente.

Eu particularmente gosto muito do álbum, "Tormato", mesmo não sendo um álbum conceitual, pois suas músicas mesmo que isoladas, tem um valor agregado muito grande e de qualquer forma o talento da banda em compor e executar suas músicas é indiscutível, então, encontrar um bom trabalho mesmo em músicas de curta duração não é uma tarefa difícil.

Independente de críticas ou mesmo de brigas internas, a performance da banda neste bootleg é impecável, com cada músico dando o melhor de si e como sempre transformando seus espetáculos em uma celebração ao que há melhor que o rock progressivo pode oferecer.
 Pela reação do público a cada música, eu não devo estar muito enganado quanto ao que disse no parágrafo acima e na verdade não é necessário fazer muita força para chegar a este entendimento, basta ouvir a abertura do show para sentir o clima instalado naquela apresentação acontecida a mais de trinta anos.

Os sentimentos que permeiam o Yes, até hoje estão presentes e como todos sabem, recentemente a banda apresentou-se aqui em São Paulo (28/11/2010), desfalcada de Jon Anderson e Rick Wakeman, mas mesmo assim, uma narrativa muito importante foi dada pela fundadora do blog, Prog Rock Vintage, a Ana Aun, que disse: "assistimos a um show curto, mas que valeu pelo melhor show de rock progressivo que já vi na vida. Já presenciei shows de grandes medalhões do prog como ELP, Jethro, Focus e o próprio Wakeman, mas nada se compara com a energia daquele 28/11" e  no final, "Uma noite para não ser esquecida jamais!!!!".

Eu coloquei apenas uma pequena parte da narrativa feita, que vale muito a apena ser lida na integra, principalmente para quem como eu, não pode estar presente ao show, mas que em poucas linhas e com acertadas palavras, permite que imaginemos o que deve ter sido estar lá e sentir a energia emanada por um dos fenômenos sobrenaturais do rock progressivo. 

Uma leitura que é possível de ser feita é que o Yes está acima até de seus criadores, não é mais uma simples banda, é uma entidade que têm vida própria,  que guia seus músicos para os caminhos do virtuosismo e mesmo apresentando-se desfalcado de seu cérebro "Jon" e de sua espinha dorsal "Wakeman", encantou hipnoticamente a quem lá esteve. 

No mínimo isto é diabolicamente fantástico, é um poder inimaginável e incontrolável, que a mais de quatro décadas está a serviço de uma das mais fabulosas manifestações artísticas criadas por Deus e executadas pelo homem.

Musicians:
Jon Anderson;
Alan White;
Steve Howe
Chris Squire
RIck Wakeman

Track Listening:
CD1:
Opening-Siberian,
Heart of the sunrise,
Future times,
Rejoice,
Circus of heaven,
Time And A Word,
Long distance runaround;
Medley (Time and a word;
The fish;
Survival;
Soon;
Don't kill the whale;

CD2:
Clap,
Starship trooper,
On the silent wings of freedom,
Wakeman solo,
Awaken,
Song Tour,
I've seen all good people,
Roundabout
 
LINK
 
"On the silent wings of freedom"

"Starship trooper"

20 de dez. de 2010

PINK FLOYD - " The Dark Side of the Sky" - 1972

Em uma apresentação de tirar o fôlego, possível apenas quando estamos diante de algum fenômeno, o que é o caso, pois o Pink Floyd, surpreendeu em colocar a prova o que seria sua obra prima máxima, "The Dark Side of The Moon".

Principalmente para quem esteve presente a esta audição, não poderia imaginar o significado que estas músicas em muito pouco tempo iriam ter, pois estavam à frente de uma revelação, não bíblica, mas musical, que mudaria para sempre a história contemporânea do rock.

O Pink Floyd nasceu anos luz a frente do que se poderia imaginar como um modelo de banda de rock, então experimentar sua criação antes mesmo de lançá-la comercialmente o que a principio poderia ser catastrófico, para eles, os magos da música, serviu como um termômetro para medir a temperatura da aceitação, fazer os ajustes finais em seus arranjos, para finalmente lançar a versão final que a mais de três décadas continua vendendo e atraindo novos fãs a sua incontável nação Pinkfloydiana espalhada pelo planeta.

Escutando esta a apresentação e comparando-a com a versão final de estúdio, nota-se facilmente a fase embrionária em que se encontrava como se fosse um diamante bruto recém-descoberto e que ainda iria ser lapidado e polido, mas que de qualquer forma já indicavam claramente o rumo que este estas músicas tomariam, sendo apenas uma questão de tempo apara a  finalização deste trabalho e o encantamento que ele ia proporcionar.

Um bom exemplo da transformação até o produto final é a música, "The Great Gig In The Sky" que em nada se parece com o que tanto conhecemos e estamos habituado a escutar na voz da afinadíssima da cantora Torry e que viria a tornar-se um hino reconhecido por qualquer habitante do planeta, independente de seu idioma, como uma língua universal. 

Esta apresentação aconteceu no Rainbow Theater, Finsbury Park, Londres, Inglaterra, em 17 de fevereiro de 1972, sendo que as músicas "Atom Heart Mother" e "If" fora inseridas neste bootleg, " The Dark Side of the Sky", aconteceram em 1970 no Paris Theater no mesmo país e cidade.


A execução de "Atom Heart Mother" que é um tanto fúnebre e marcial para o meu gosto, está mais do que incrível, pois parece tirada diretamente da sua gravação de estúdio, o que não deve ter sido nada fácil, pois apresentá-la em público com a sua complexidade musical, fusão instrumental e algumas vozes não pertencentes aos membros da banda, mas como estamos nos referindo ao Pink Floyd, tudo é possível.

Musicians:
Roger Waters - baixo e vocal
Nick Mason - percussão e bateria,
Richard Wright - teclados e vocal
David Gilmour - guitarra e vocal

Tracks listening:
01. Speak To Me / Breathe * 3:30
02. On The Run * 6:31
03. Time * 6:34
04. Breathe Reprise * 1:05
05. The Great Gig In The Sky * 4:38
06. Money * 8:05
07. Us & Them * 2:25
08. Any Colour You Like * 4:46
09. Brain Damage * 3:59
10. Eclipse * 1:20
11. Atom Heart Mother * 25:04
12. If * 4:40

LINK

"Pink Floyd Rainbow Theatre 1972 Part 1"

"Pink Floyd Rainbow Theatre 1972 Part 2"

"Pink Floyd Rainbow Theatre 1972 Part 3"

"Pink Floyd Rainbow Theatre 1972 Part 4"

"Pink Floyd Rainbow Theatre 1972 Part 5"

17 de dez. de 2010

ELOY - "Codename Wildgeese" - Soundtrack Movie - 1984

Para minha surpresa, este álbum destinado a fazer a trilha sonora do filme, "Codename Wildgeese", que carrega a marca Eloy, não tem a figura central da banda que é o genial Frank Bornemann e só me dei conta disto quando preparava esta resenha. 

O filme tem até algumas figuras conhecidas como, Lee Van Cleef, Ernest Borgnine e Klaus Kinski e é um filme de guerra que não me recordo de ter assistido ou se realmente chegou a passar aqui no Brasil.

Depois desta infeliz descoberta e prestando um pouco mais de atenção às músicas, nota-se claramente que o álbum está muito mais próximo do som do Tangerine Dream do que do próprio Eloy, pois está voltado para a música eletrônica, parecendo ate certo ponto com o estilo do trabalho de Edgar Froese em alguns momentos, não como uma tentativa de cópia, mas talvez por necessidade de criar uma música que se agregue perfeitamente ao enredo e as cenas do filme.

A bem da verdade, não há o lirismo cósmico das músicas que contam com a presença de Frank Bornemann, mas para o propósito que foi criado, atende muito bem às expectativas e é agradável de escutar, pois em geral trilhas sonoras são um pouco maçantes, principalmente quando são produzidas com músicas incidentais que perdem o nexo quando não associadas às imagens.

Até por uma questão de cuidado eu acessei a Home Page oficial do Eloy, pois a principio não estava acreditando na ausência de Frank Bornemann, mas este álbum realmente não faz parte da discografia oficial dos álbuns da banda, aparecendo na aba "Others", o que indicou para mim e definiu como verdade a ausência do mestre Bornemann deste álbum.

Tem até certo sentido não fazer parte da discografia da banda, pois este trabalho que é muito bom para o objetivo proposto, mas não representa a essência daquelas quatro letrinhas mágicas, "ELOY", que simbolizam e materializam da forma mais acertada o espírito do rock progressivo que tanto adoramos escutar.


Musicians:
Hannes Arkona
Hannes Folberth
Klaus-Peter Matziol
J. Nemec-Bolek

Tracks Listing:
01. Patrol (2:47)
02. Hongkong Theme I (3:32)
03. Hit And Run (1:38)
04. Queen Of Rock'n'Roll (2:36)
05. Destiny (4:34)
06. Discovery (0:50)
07. Juke-Box (1:58)
08. Deadlock (1:30)
09. Cha-Shoen (3:35)
10. Sabotage (1:20)
11. On The Edge (3:30)
12. A Long Goodbye (2:13)
13. Face To Face (1:47)
14. A Moment Decides (2:07)
15. Revenge (1:13)
16. Hongkong Theme II (1:07)

LINK

"Patrol"

"Discovery"

16 de dez. de 2010

ASIA - "Live in Verona" - 2008

Acredito que nas horas vagas os quatro integrantes do Asia se reúnam para produzir o material dos álbuns de estúdio e  não são poucos, pois desde 1982 são onze álbuns de estúdio, seis gravados ao vivo, fora este que é um bootleg e mais seis coletâneas que completam esta discografia.

Pelo que se comenta, o Asia foi criado na expectativa de se montar uma mega banda de rock com músicos legendários vindo de bandas mais legendarias ainda como Yes, ELP e King Crimson, no início dos anos oitenta, período que marcava o início do ostracismo que o rock progressivo passaria, enfraquecendo o movimento.

Dos anos oitenta até os dias mais atuais a banda sofreu algumas mudanças internas, pois a rigor praticamente todos os seus integrantes continuaram bem ou mal com seus compromissos nas bandas principais e eventualmente não estavam disponíveis à época das gravações.

Em meio a isto tudo, fica até difícil rotular o estilo da banda, que instintivamente acredito ser um progressivo pop ou até mesmo, um hard rock progressivo, levando-se em conta que algumas músicas emplacaram muito bem nas rádios FM's, principalmente com o álbum de estreia e com as músicas, "Only Time Will Tell", "Wildest Dreams" e "Heat Of The Moment" que realmente são muito legais. 

Este bootleg, "Live in Verona", gravado em 2008, trás para seu público a formação inicial da banda, o que por si é um fato altamente estimulante e está com um elenco de músicas quer melhor representa a sua longa trajetória, divulgando o álbum, "Phoenix", sua última produção de estúdio até então e ainda por cima presenteia o público presente ao show com musicas das bandas de origem como, "Clap"; "Roundabout"; "Fanfare For The Common Man" e "In The Court Of The Crimson King", sendo estas duas últimas tocadas de forma fantástica, valendo pelo álbum todo.

Musicians:
John Wetton: Bass, vocals
Steve Howe: Guitar, vocals
Geoff Downes: Keyboards, vocals
Carl Palmer: Drums

Tracklist:
CD 1
01 Intro
02 Daylight
03 Only Time Will Tell
04 Wildest Dreams
05 Never Again
06 Roundabout
07 Time Again
08 Geoff Downes keyboard solo (Bolero from Cutting It Fine)
09 Clap
10 Voice Of America (acoustic)
11 The Smile Has Left Your Eyes (acoustic)
12 Ride Easy (acoustic)
13 Open Your Eyes

CD 2
01 Fanfare For The Common Man
02 Without You
03 An Extraordinary Life
04 In The Court Of The Crimson King
05 Video Killed The Radio Star
06 The Heat Goes On (with Carl Palmer drum solo)
07 Heat Of The Moment
08 Don't Cry
09 Sole Survivor (very end cut)

LINK 

"Fanfare For The Common Man"

"In The Court Of The Crimson King"

VÍDEO DO DIA - "Fugato Orchestra"

Esta iniciativa do Governo Húngaro deveria ser seguida por todos os Países do planeta, principalmente pelo Brasil, que é um celeiro de talentos escondidos sem a oportunidade de mostrar do que são capazes.


"FUGATO ORCHESTRA"

15 de dez. de 2010

LIKE WENDY - "Tales From Moonlit Bay" - 2000

O Like Wendy, banda de neo-progressivo tardio, pois tem seu primeiro lançamento em 1998, carrega um mix de influências musicais que vem a partir do trabalho do  Pink Floyd e Genesis, passando por Marillion,  IQ e Pendragon que são a segunda geração do rock progressivo.

A banda formou-se de forma um tanto peculiar, pois após uma bebedeira em um Pub na Holanda, Bert Heinen e mais alguns pinguços, vão para os estúdios ensaiar e logo descobrem que apenas movidos a álcool a banda não ia decolar, tendo isto acontecido no final dos anos oitenta.

Caindo na real, pois produzir este tipo de música é necessário muito mais que algumas doses de álcool, Bert Heinen, trabalha isoladamente por uns sete anos, criando um farto material que ao longo deste tempo foi divulgando em revistas especializadas e pequenas gravadoras locais, somente recebendo um sinal verde em 1997 para gravar, então convida Marien para a bateria e teclados adicionais, para dar vida ao seu Like Wendy.

Este álbum, "Tales From Moonlit Bay", é a terceira criação da banda, foi editado em 2000 e oferece ao ouvinte alguns atrativos bem interessantes que começam logo na primeira faixa, "Falcon Suite" com vinte e dois minutos de duração, o que por si, no mínimo mostra um ato de coragem feito em cima de sólidos arranjos que se interligam nesta variada suíte que guardada as devidas proporções lembra "Supper's Ready" do Genesis em sua estrutura musical.

Outro destaque do álbum é a música, "A King's Epitaph" que está repleta de harmonizações de órgãos e sintetizadores que sustentam o complicado enredo cantado pela potente voz de Bert Heinen, com uma guitarra muito bem colocada que une os diversos momentos desta peça.

"Live At Armageddon" que aparece como uma apresentação pública, pois é possível escutar aplausos logo no início e em seu final, é um show de guitarra, que muito lembra as performances de Steve Hackett, apoiadas em solidas harmonizações de sintetizadores que ao longo do tempo vão se invertendo dando uma mobilidade muito grande a música.

A música que fecha o álbum, "Wreck Of The Dancer" que podemos considerar como uma meia suíte, pois tem mais de doze minutos de duração é um primor de esmero musical, tanto em seus arranjos, bem com o em sua execução que está invejável. 

Resumindo, estamos diante de um álbum bem introspectivo e centrado com poucos momentos apoteóticos, mas muito bem estruturado que convidam a uma viagem musical bem sossegada e que hoje serviu de trilha sonora para a minha viagem diária em meio à chuva que caía hoje em Sampa por volta das seis horas da manhã e posso assegurar que foi na medida certa.

Musicians:
Bert Heinen / vocals, guitars, keyboards
Marien / drums, keyboards, vocals

Tracklist:
1. Falcon Suite (20:57)
2. The Price For Trust (4:40)
3. A King's Epitaph (8:07)
4. Paradise (5:33)
5. Ivory Tower (4:58)
6. Live At Armageddon (7:19)
7. Wreck Of The Dancer (12:22)

LINK

"The Price For Trust"

14 de dez. de 2010

GENESIS - Lakeland Civic Center Concert Hall - 1975

O ano não poderia ser melhor, 1975, a banda, o Genesis, o álbum em exposição, "The lamb lies down on Broadway" gravado em estúdio no ano de 1974, portanto, diversão garantida com a banda em sua melhor formação, divulgando seu álbum mais conceitual na íntegra.

A rigor, pouco há o que comentar, pois tanto o álbum como a banda nesta fase, dispensa qualquer formalidade de apresentação ou das músicas, tendo em vista que neste momento a banda estava em seu ápice, justamente com o movimento do rock progressivo.

Talvez até sem saber ainda de sua futura saída da banda, Peter Gabriel, apresentou-se como sempre, com toda a teatralidade e fantasias que se ajustam perfeitamente ao enredo das musicas e que hipnotizavam ainda mais a plateia presente.

Do pouco que sei, existe uma corrente que diz que um dos motivos e talvez o mais forte para a saída de Peter Gabriel da banda foi justamente o álbum "The Lamb lies down on Broadway", que a bem da verdade é uma história muito louca de um punk caribenho que se vestia todo de couro e que um belo dia vê um cordeiro deitado em plena Broadway.

No mínimo ninguem entendeu esta história, inclusive o próprio Peter Gabriel, que escreveu todas as letras e dai, é possível tirar uma conclusão, pois é um álbum cantado demais, sem um espaço maior para solos instrumentais e isso pode ter incomodado o restante da banda.

Custa-me crer que ele faria algo propositadamente para se sobressair, até mesmo porque isto era uma coisa que acontecia naturalmente por conta de seu talento que é indiscutível.

Para mim, o álbum é excelente, o que é difícil, pois estamos nos referindo a um álbum duplo, lançado originariamente nos antigos bolachões, LP's, que estão ai de volta, com uma longa história, nem um pouco comercial, mas que representou para a critica em geral e pela imensa legião de fãs, como a obra prima definitiva da banda.

Que o álbum como um todo é fantástico, isso eu não nego, mas pessoalmente eu considero que a música que mais representa o espírito do rock progressivo dentro do Genesis é “Supper’s Ready” do álbum “Foxtrot”, uma fábula cantada e tocada como nenhuma outra. 

Musicians:
Tony Banks
Mike Ruthefort
Steve Hackett
Phil Collins
Peter Gabriel


Track listening:

CD1
01 - The Lamb Lies Down On Broadway
02 - Fly On A Windshield
03 - Broadway Melody Of 1974
04 - Cuckoo Cocoon
05 - In The Cage
06 - The Grand Parade Of Lifeless Packaging
07 - Story Of Rael Part I
08 - Back In Nyc
09 - Hairless Heart
10 - Counting Out Time
11 - Carpet Crawlers
12 - The Chamber Of 32 Doors
13 - Story Of Rael Part II
14 - Lilywhite Lilith
15 - The Waiting Room

CD2
01 - Here Comes The Supernatural Anaesthetist
02 - Improvisation
03 - The Lamia
04 - Silent Sorrow In Empty Boats
05 - The Arrival
06 - The Colony Of Slippermen
07 - Ravine
08 - The Light Dies Down On Broadway  Riding The Scree
09 - In The Rapids
10 - It
11 - The Musical Box

LINK


"In The Cage"

"The Colony Of Slippermen"

"Fly On A Windshield"

13 de dez. de 2010

MARTIN ORFORD - "Classical Music And Popular Songs" - 2000

Martin Orford é do tipo de músico que não consegue encarar um único projeto musical, portanto seu trabalho é dividido entre o IQ, Jadis e seus projetos pessoais, que lhe rendem sempre alguns convites de outras bandas como King Crimson e UK para participações especiais. 

Este álbum, "Classical Music And Popular Songs", editado em 2000, tem como base instrumental o IQ, alguns elementos do Jadis e a participação especial de John Wetton nos vocais para completar o elenco de músicos que deixaram este álbum no mínimo instigante.

São belíssimas músicas apoiadas principalmente nos teclados de Martin Orford, bem como em potentes guitarras que ditam o ritmo das músicas entremeadas por solos de sintetizadores que são uma marca registrada do trabalho de Martin Orford e o mais interessante é que não são músicas maçantes, pois carregam em seu DNA as características do rock progressivo dos anos noventa, conferindo certa suavidade em seus arranjos.

Associado ao acima exposto, como são músicas que não ultrapassam a marca dos sete minutos, o inicio, meio e fim de cada música são muito bem elaborados sem a chance de algumas repetições que em alguns casos tornam a música um pouco monótona, o que causa certo desconforto, principalmente para os não usuários do rock progressivo clássico dos anos setenta.

Resumindo, este trabalho de Martin Orford é um convite à boa música para os amantes do gênero ou não, pois é um álbum eclético, variado ritmicamente, sem grandes exibicionismos, mas capaz de transportar qualquer um a uma interessante viagem musical tendo como veículo, arranjos consistentes e uma  instrumentação muito bem equilibrada.

Musicians:
Martin Orford / vocals, keys, flute, acoustic guitar;
Gary Chandler / guitar;
David Kilminster / guitar;
Mike Holmes / guitar;
Steve Christey / drums;
Paul Cook / drums;
John Jowitt / bass;
John Wetton / vocals;
Peter Nicholls / vocals;
Tony Wright / saxophone;

Tracks Listing:
01. The Field of Fallen Angels (6:26)
02. A Part of Me (5:14)
03. Quilmes (3:02)
04. The Days of Our Lives (6:15)
05. Fusion (5:05)
06. The Final Solution (5:59)
07. The Picnic (1:21)
08. The Overload (5:20)
09. Tatras (5:30)
10. Evensong (5:09)

LINK


"The Field of Fallen Angels"

10 de dez. de 2010

ALAN PARSONS PROJECT - "Tales Of Mystery And Imagination - Edgar Alan Poe" - 1976

Os caminhos que nos levam a postar um ou outro álbum são os mais diversos e para esta postagem o estímulo foi dado à partir da leitura de um fantástico texto sobre o Cineasta Roger Corman, Vincent Price e o Mestre Edgar Alan Poe que na década de 60 tanto sucesso fizeram com aqueles maravilhosos filmes de terror que apavoravam as plateias simplesmente com o talento de seus astros que muito bem amparados por sólidos roteiros criados a partir da magnífica obra de Edgar Alan Poe, criavam o cenário perfeito para aterrorizar a todos sem a necessidade de banhos de sangue e efeitos especiais que na época pouco existiam.

Este texto e as várias fotos postadas podem e devem ser acessadas no blog, Delírios e Surtos de Roderick Verden que graciosamente doou seu precioso tempo a favor da cultura e que agora em forma de agradecimento por este inestimável trabalho, dedico esta postagem ao amigo Roderick Verden com um álbum que acredito ter tudo a haver com sua postagem, tendo em vista que o tema central são os contos de Edgar Alan Poe.

Fora isto, tenho uma profunda admiração pelo autor desta obra, Alan Parson, que de engenheiro de som de bandas como Beatles e Pink Floyd, passou a ser um astro do rock por conta de trabalhos muito bem elaborados, fazendo um rock progressivo bem leve que quase beira a um pop sofisticado, conseguindo com isto atrair várias tribos para suas músicas.

"Tales Of Mystery And Imagination - Edgar Alan Poe" é o seu álbum de estreia, gravado em 1976, sendo remasterizado recentemente em 2007, um dos melhores de sua carreira em minha opinião, talvez o mais progressivo de todos, com uma temática muito bem centrada nos contos de EAP, uma primor de álbum e agora nesta nova versão, está repleto de novidades musicais com versões remix, entrevistas e vale destacar que o músicos que o acompanham são de primeiríssima categoria.

Pelo conjunto desta obra, não me resta outra saída senão, recomendá-lo muito a todos, pois se trata de um clássico do rock.

Adendo: Muito bem apontado pelo meu amigo, Roderick Verden, eu cometi uma falha em não mencionar o nome do saudoso "Eric Woolfson", amigo inseparavel de Alan Parsons que tanto contribuiu para o projeto, criando a maiorias das letras de praticamente todos os álbuns da banda, sem contar  sua sempre brilhante atuação como tecladista e vocal de apoio.     

Musicians:

Orson Welles, Leonard Whiting / narration
Joe Puerta, David Paton, Les Hurdle / bass
Darryl Runswick / string bass
David Paton, Ian Bairnson, David Pack, John Miles / guitars
Laurence Juber, Kevin Peek / acoustic guitars
Stuart Tosh, Burleigh Drummond / percussion
Billy Lyall, Eric Woolfson, Christopher North / keyboards
Francis Monkman, Eric Woolfson, Andrew Powell / organ
Francis Monkman / harpsichord
John Leach / cimbalom & kantele
Hugo D'Alton / mandolin
Billy Lyall, Alan Parsons / recorders
Alan Parsons / projectron & synths
David Paton, Alan Parsons, Eric Woolfson, Jack Harris, Terry Sylvester, Jane Powell / backing vocals
Bob Howes and The English Chorale, Westminster City School Boys Choir / backing choir
Arranged and conducted by Andrew Powell / orchestra

Track listening:
Disc 1 1976 Original Album:

01. A Dream Within A Dream
02. The Raven
03. The Tell-Tale Heart
04. The Cask Of Amontillado
05. (The System Of) Doctor Tarr And Pfofessor Fether
06. The Fall Of The House Of Usher
a) Prelude
b) Arrival
c) Intermezzo
d) Pavane
e) Fall
07. To One In Paradise

Bonus Tracks:
08. The Raven (Original Demo)
09. Edgar (Demo Of An Unreleased Track)
10. Orson Welles Radio Spot
11. Interview With Alan Parsons and Eric Woolfson (1976)

Disc 2 1987-Remix:
01. A Dream Within A Dream
02. The Raven
03. The Tell-Tale Heart
04. The Cask Of Amontillado
05. (The System Of) Doctor Tarr And Pfofessor Fether
06. The Fall Of The House Of Usher
a) Prelude
b) Arrival
c) Intermezzo
d) Pavane
e) Fall
07. To One In Paradise

Bonus Tracks:
08. Eric's Guide Vocal Medley
09. Orson Welles Dialogue
10. Sea Lions In The Departure Lounge - Sound Effects And Experiments
11. GBH Mix - Unreleased Experiments

LINKS:

CD1 - 1ª Parte
CD1 - 2ª Parte
CD2 - 1ª Parte
CD2 - 2ª Parte

Estes links estão postados originariamente no blog Portfolio X, parada obrigatória para os amantes de todas as manifestações artísticas em geral.

"The Raven"

"The System of Doctor Tarr and Professor Fether"

"The Cask of Amontillado"

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