11 de mar. de 2015

OMEGA - "Oratórium" - 2013

Eu sempre fui muito fã do “Omega”, mas depois de escutar este álbum, “Oratórium” lançado em 2013, eu passei incondicionalmente a ser um fã de carteirinha, pois nunca tinha visto e/ou ouvido tanta grandiosidade musical executada de forma tão Franciscana, ou seja, com simplicidade e isto pode ser observado nos vídeos abaixo.

Antes até de tecer algum comentário sobre este álbum, acredito que seja prudente dar uma pequena ideia das origens do “Omega”, uma banda de rock da Hungria, mais precisamente de Budapeste, formada no final do ano de 1962, tendo como inspiração inicial a música dos Beatles e posteriormente das bandas de rock psicodélico.

O primeiro álbum, “Trombitás Frédi és a Rettenetes Emberek” foi lançado em 1968 e desta data até 1975, foram lançados um total de dez álbuns, onde o estilo predominante da banda era a fusão do Pop com o Rock’n Roll convencional e o sucesso foi tanto, que alguns álbuns tiveram as músicas cantadas na língua Húngara e em Inglês.

Catedral de Szegedi
Entre 1976 e 1987, influenciados pela música do Pink Floyd e do Eloy, lançaram mais onze álbuns, entretanto, houve um hiato de uns oito anos, com a dissolução da banda por problemas de ordem criativa, reunindo-se novamente em 1995, para o lançamento do álbum, “Trans And Dance”, e atém onde consegui apurar lançaram neste período mais nove álbuns de estúdio, mantendo-se na ativa até hoje.

“Oratórium” pode ser encarado como uma agulha num palheiro de mil hectares cúbicos, pois fazer este tipo de música nos dias de hoje para quem não é familiarizado pode parecer até um ato de suicídio musical, entretanto, certamente podemos encarar este álbum como um ato de coragem.

Tendo como pano de fundo o lindíssimo som do órgão de “László Benkő”, aliás, membro fundador da banda junto a “János Kóbor”, a instigante voz do Omega, mais uma pequena orquestra e coro, juntos produziram um dos álbuns mais significativos que escutei nos últimos vinte anos, deixando muita banda tradicional e conhecida para trás.

Igreja de Debreceni
Interessante que todas as músicas cantadas, estão na língua nativa, isto é, não é possível entender o que é dito (pelo menos para mim), mas isso de forma alguma tira o encanto que estas músicas produzem ao serem ouvidas, chegando a emocionar de verdade.

Esta percepção me faz pensar que a música é uma linguagem universal que tem o dom de atingir os nossos mais profundos sentimentos mesmo quando não temos o conhecimento de seu significado direto, pois mesmo as músicas que são mais cantadas, tendo como apoio uma leve instrumentação, chamaram muito a minha atenção.

É o tipo de álbum que dá para deixar o som rolar da primeira à última faixa sem o menor constrangimento e dentre estas músicas destaco, “Ne legyen”; “En elmegyek”; “Boldog angyalok”; “Koncert a Mennyben” e “Az egben lebegok csarnoka”, mas tenham fé que as demais músicas também são muito boas.

Os vídeos postados abaixo dão uma dimensão muito interessante e esclarecedora sobre as músicas deste álbum que consequentemente viraram um belíssimo show dentro da Catedral de Szegedi, localizada nos arredores da cidade de Szeged e também na grande Igreja de Debreceni na cidade de Debrecen em mais uma lição de cidadania e educação dada por um país do Leste Europeu, portanto, o convite a estes vídeos e ao álbum de estúdio está feito.

ALTAMENTE RECOMENDADO!!!

Musicians:
János Kóbor / lead and backing vocals
László Benkő / keyboards
Ferenc Debreceni / drums and percussion
Zsolt Gömöry / keyboards
Tamás Szekeres / guitar
Kati Szöllössy / bass
Orchestra Nyíregyházi Cantemus Kórus / choir

Tracks:
01. Les Preludes - Nyitány (F. Liszt) (0:46)
02. Hajnal a város felett (5:46)
03. Egy életre szól (4:35)
04. Boldog angyalok (5:19)
05. A legenda (4:57)
06. Az éjszakai országúton (3:34)
07. Ne legyen (5:30)
08. Ballada a fegyverkovács fiáról (4:04)
09. Álmod őrzi egy kép (3:15)
10. Én elmegyek (5:27)
11. Megszentelt világ (5:32)
12. Szállj le hozzánk angyal (Ördögi cirkusz) (4:27)
13. Koncert a Mennyben (4:15)
14. Egy új nap a Teremtésben (4:26)
15. Az égben lebegők csarnoka (2:40)
16. Les Preludes - Finálé (F. Liszt) (0:58)



Um comentário:

  1. Valeu Gustavo!
    Não conhecia esta banda e foi uma excelente descoberta, muito obrigado por compartilhar. E concordo com sua percepção. Muitas vezes a música emociona independente do que diz e já aconteceu de me decepcionar ao entender a letra de algumas delas. Talvez seja por isso que desenvolvi uma preferência por músicas instrumentais puras, mas nada tão radical, rs.
    O álbum está vindo e vou curtir agora.
    Abraços a todos,
    Ricardo

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